quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Hoje é dia 20 de agosto, o que não faz mais tanto sentido no tempo/espaço que vivo. Os dias tem sido novamente arrastados pela ventania que me corta, mas não tenho mais 17 anos (quando meu tesao explodia pra fora do peito). Tenho me perdido em amores, buscas e beijos. Tantos são os abraços mal colocados que dei. A busca que comecei, hoje, se perde no vazio do centro da cidade.

São Paulo 14:45

Ontem tirei a carta do diabo no meu tarot. Senti que o destino me abraçava e gritava: cuida mais do que é teu, do que ninguém te tira. No meio da avenida, pensei que preciso encontrar algum jeito de beijar-me forte pra selar minha alma ao que costumava ser. A alma é feita do que? da poeira cosmica das coisas que nos sobram, dos restos dos caminhos de outras pessoas, das coisa que escrevem na gente, pra sempre. Senti seu beijo na minha nuca, mas não pedi de volta.

aliás,
sempre sinto seu perfume em outras pessoas na rua. Estranho porque é um cheiro que não reconheço de imeditado, ele desce pela narina e cai pesado no estomago feito algo dificil de digerir.

mas sabe do que mais, to escrevendo porque me deu uma vontade louca de esporrar minha poesia na sua cara, de cutucar de novo a ulcera dos dias que te levei engasgado na cabeça, penso que agora sou um grande órgão digestor, úmido e cansado.

mas eu sempre sobrevivo,

e o pobre diabo? me perguntaram
serviu pra me comer de volta e me digerir devagar.
depois me cagar:
novo e fresco




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