quinta-feira, 17 de maio de 2012

"teu não parecer renovou minha crendice"



- ja tirei todas as palavras repetidas, os tons errados e notas falsas -

Toda essa contradição (que se diz inocente, sem dizer) foi excluída e retalhada, como as flores roxas do seu jardim ao fim do dia
(poucas, mas presentes)
O vento abriu a janela da cozinha e espalhou todo nosso feito, pó

- Fecha isso, antes que entre pelos nossos olhos
- Deixa ela com a suas consequências mal admitidas, coitada, vive só
- Só? Com tamanha imensidão na pele? Ela vive no amanhecer mais bonito, no primeiro canto do galo

Outra flecha entrou dançando pela janela, quase que derruba uma xícara:

- Esse fluxo me desconcentra
- Esquece dele, que ele ta só de passagem





sobre a dor
dos dias nublados

e a alma a flor da pele
de punhos cerrados
e as ogivas internas que ousariam eclodir
se o frio, fora, nao ousasse ser maior.

de braços dados e o resto que se pode ouvir
como se a gente fosse
mas um espinho, um estrago

um rasgo
ou, quem sabe um traço

um rabisco quebrado

construído pela destreza dos cansados

no mel do olhar

como se o nada fizesse sentido
como se as estrelas me dessem um abrigo

o coração saborea-se o nuance do perigo.

e nesse imenso eco,
mas longe do que puderas ir
sinto como as violetas, que explodem ao nascer e sorriem pra vida
que ousara esvanecer
quando, a espreita de um sorriso amarelo
esperam amanhecer

quarta-feira, 16 de maio de 2012



"Do meu profundo desagrado
E em todo esse imenso

Dos dias perdidos
E as noites mal cantadas

Esqueço do tempo
Pra que o peito, tão cheio
volte a operar"

no fim,
mistura toda a funcionalidade
e condena qualquer habilidade

ele precisa descansar

ele precisa se salvar

dos abrigos velhos
dos cegos e surdos
aleijados e mal comidos

antes que seja fadado
a se calar




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